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terça-feira, 27 de março de 2012

"SI NO SABES, CÁLLATE."

É muito comum nos dias atuais vermos muitas empresas preocupadas com a segurança e a saúde de seus colaboradores. É exames médicos pra cá, é EPI pra lá...treinamentos então, meu Deus!!!
Porém existe um pequeno detalhe que faz toda a diferença na hora de proteger ou não uma pessoa que está sob sua tutela em sua empresa. Este pequeno detalhe, se chama "CONHECIMENTO".
Não é raro, pelo contrário, é corriqueiro encontrarmos com pessoas (seja no meu local de trabalho, na faculdade, ou até mesmo na rua) que vêm fazer perguntas do tipo:
- "porquê eu tenho que utilizar isso?"
- "porquê não preciso utilizar aquilo?"
- "será que preciso mesmo utilizar este EPI para a função que faço?"
- "você sabia que para tal função é preciso utilizar todos estes EPI?"



Porém meus amigos, não é assim que funciona. Você não pode simplesmente ir olhando para a pessoa e já começar a distribuir equipamentos de proteção individual aos montes, sem mesmo saber se ele necessita disso ou daquilo. Para isso, existem as formações, seja em Técnico em Segurança do Trabalho, ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, por exemplo. Além desta formação, o profissional de segurança deve ter o feeling das situações que presenciará; precisa ter o mínimo de experiência na área para poder falar com garantia sobre função/ risco inerente. E um estágio na área ajuda em muito.

Vamos fazer o seguinte. Para quem é profissional da área é simples; mas quero falar para os leigos.
Antes de iniciar qualquer trabalho em uma empresa ou frente de trabalho ou mesmo obra, vamos seguir o seguinte roteiro:

1º - Estude a função: vá até o local de trabalho do cidadão, pare e observe tudo que ele tem que fazer dentro de sua função. Vá mais além, converse com ele, discuta o porquê de cada ação dele no seu dia de trabalho. Procure conhecer a função a fundo.
2º - Absorvido o descrito acima, você vai utilizar seu conhecimento em segurança do trabalho para verificar os agentes ambientais existentes no setor e no posto de trabalho, além dos riscos inerentes à função em si. Este passo é facilmente visto no Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) e no Mapa de Riscos (elaborado pela CIPA).
3º - Reconhecidos os riscos ambientais, agora sim você verá quais deles pode ser neutralizado ou ao menos amenizado através da ação dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI, ou pelos Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC ou mesmo através de medidas administrativas, incluindo mudanças de layout.
4º - Implantados os passos acima, precisamos ter um controle de riscos / proteção aplicadas para cada trabalhador da empresa. Este controle se torna possível através de alguns programas que facilitam a nossa vida. Dentre estes programas, o mais utilizado é o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO, onde são apontados exames de praxe e adicionais para um acompanhamento da saúde do colaborador desde o momento de sua entrada na empresa até o momento de sua saída. Além deste, podemos incluir programas como o PCA (Programa de Controle Auditivo), o PPR (Programa de Proteção Respiratória) entre outros.

Agora sim podemos dizer que está tudo certo. Descobrimos o que a pessoa faz, quais os agentes de riscos estão presentes naquela função e sabemos qual tipo de proteção a pessoa precisa usar.
Mas não acaba por aí. Fizemos os levantamentos de riscos, EPI etc. mas não podemos dizer que não irão ocorrer acidentes com estes colaboradores. Por mais que você treine e informe o colaborador a respeito da importância do uso destes equipamentos de proteção, nem sempre ele irá fazer o uso dos mesmos. É isso mesmo...muitos simplesmente não utilizam.

Portanto deixo aqui a minha indignação com respeito a pessoas que, não sei se por ignorância ou por pura maldade, fazem julgamentos "cegos" para tentar prejudicar uma instituição ou outra. Como dizem por aí, "a palavra é como a flexa; depois de disparada não tem volta".

Para deixar claro sobre o que estou falando, vou lhes explicar: no dia 26 deste mês de Março, li uma reportagem sobre garis e coletores de resíduos (conhecidos popularmente como lixeiros) da minha cidade de Potirendaba, dizendo que os mesmos não recebiam Equipamentos de Proteção Individual de uso obrigatório para a função exercida. E, me desculpe os autores, mas ao meu ver, toda a postagem apresentava um tom de sarcasmo e cunho político. Claro, eu como pessoa que nasci em Potirendaba sei que aqui, tudo que acontece serve de pano de fundo para as campanhas políticas dos adversários.
Mas, sem a intenção de defender ninguém, quero deixar um recado a todos que escreveram aquela barbaridade e para aqueles que "curtiram" a postagem em questão: leiam tudo que eu escrevi neste artigo até este ponto. Eu garanto, com certeza, que vocês terão uma outra visão de como funciona esta relação função/ riscos/ proteção.
Se me perguntarem para listar EPI para uma determinada função, posso te passar uma lista com mais itens do que colocaram na reportagem que estamos discutindo. Acredito nas palavras da acessoria da prefeitura que disse que está regularizando esta questão.
Então, digo para vocês que escrevem por conta própria em blogs, sites ou outras redes sociais: antes de postarem qualquer informação a respeito de pessoas, profissões, entidades públicas, procurem entender a fundo o que estão falando. E se forem consultar profissionais daquela área, busquem profissionais de confiança, que possuam experiência e não tenham interesse algum em defender ou prejudicar alguém envolvido na postagem ou no assunto em questão.

ps: hoje de manhã, no caminho para o trabalho, pude ver alguns garis trabalhando e, para minha surpresa, estavam com alguns dos EPI nos bolsos da calça ou pendurados no carrinho. Foram entregues, mas a pessoa não estava utilizando.
Por favor, atire a primeira pedra aquele que não passa por essa situação na empresa em que atua.

Obrigado e espero que entendam o real teor desta postagem.

Paz e bem.

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